Saiba Mais - Levantamento da Geodiversidade

Saiba Mais - Levantamento da Geodiversidade

O programa Levantamento da Geodiversidade teve início em 2006. Constitui-se numa síntese dos grandes geossistemas formadores do território nacional (diversos componentes naturais como rocha, relevo, solo e água) que se encontram em conexão uns com os outros, tomando-se por base a análise da constituição litológica da área, evidenciando suas limitações e potencialidades. Ao longo desse período, o levantamento foi feito em todo o território nacional, gerando mapas estaduais, assim como em áreas com temáticas específicas.

Dotado de uma linguagem de compreensão universal, o mapa compartimenta o terreno em unidades geológico-ambientais, destacando suas limitações e potencialidades, considerando-se sua constituição litológica. Em conjunto com os aspectos geológicos, são abordados também: as características geotécnicas, as coberturas de solos, o potencial e a disponibilidade de recursos hídricos, as vulnerabilidades, as capacidades de suporte à implantação das diversas atividades antrópicas dependentes dos fatores geológicos e, finalmente, a disponibilidade de recursos minerais essenciais para o desenvolvimento social e econômico do estado ou região.

Objetivo

Auxiliar na tomada de decisões os gestores locais e a sociedade (órgãos gestores das regiões metropolitanas, associações de municípios, Governo Federal e Estadual, órgãos e associações de classe da iniciativa privada, comunidade acadêmica, ONGs e população). Alguns dos benefícios são:

  • Conhecimento prévio sobre as limitações e restrições dos terrenos.
  • Conhecimento da disponibilidade e da escassez de água.
  • Conhecimento da suscetibilidade à contaminação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos.
  • Conhecimento da potencialidade de insumos básicos para a construção civil e de insumos agrícolas e dos cuidados a serem tomados.
  • Identificação das áreas suscetíveis a eventos de erosão, inundação e movimento de massa.
  • Identificação do uso inadequado do meio físico, ressaltando os impactos socioambientais decorrentes de determinada ocupação.
  • Indicação de sítios com potencial turístico e interesse geocientífico ou representativos do patrimônio geológico.
  • Indicação de áreas destinadas prioritariamente à preservação ambiental, ressaltando a ocorrência de áreas de preservação permanente (APPs).
  • Subsídios à elaboração de planos diretores municipais.

Abrangência

Território nacional (porção emersa e submersa) e áreas de fronteira.

Conjunto de Dados Geográficos

A primeira etapa teve início em 2006 com a elaboração do Mapa Geodiversidade do Brasil, escala 1:2.500.000, que sintetiza os grandes geossistemas formadores do território nacional. Em sequência, foram executados mapas de geodiversidade estaduais, áreas de fronteira, áreas especiais e plataforma continental brasileira e áreas adjacentes.

Nas escalas regionais a metodologia é baseada na análise integrada do meio físico, com ênfase na geologia e nos padrões de relevo, sendo consagrada nos diversos mapas e livros publicados pelo SGB. Tal abordagem demonstrou ser uma ferramenta eficaz na avaliação integrada de territórios que apresentam áreas muito vastas e uma notável geodiversidade. Desse modo, foi mapeado todo o território nacional em escalas regionais que variam de 1:500.000 a 1:1.000.000 com informações gerais aplicáveis para gestão e planejamento territorial em níveis federal e estadual.

Com a finalização da etapa regional, ocorreu uma reformulação na metodologia de mapeamento da geodiversidade para atender a áreas mais específicas. Nessas escalas de maior detalhe, a cartografia e os métodos de análise são mais aprofundados, com uma abordagem voltada para o manto regolítico (camada superficial da Terra que inclui o horizonte dos perfis de alteração da rocha; os sedimentos e os solos formados por intemperismo, erosão, transporte e deposição), integrado com a geologia e a geomorfologia. Ou seja, cada unidade de geodiversidade mapeada irá representar o trinômio rocha-regolito-relevo. Nesta nova etapa, com mapas de geodiversidade de maior escala (de 1:50.000 a 1:100.000) e com a informação geocientífica mais detalhada, os mapas poderão ser utilizados na esfera municipal.

A partir de 2018, o Programa Geodiversidade do Brasil passou a ter enfoque em regiões metropolitanas, bacias hidrográficas, distritos mineiros, regiões agrícolas, municípios costeriso etc.

Produtos Gerados e Disponibilização dos Dados

Mapas de geodiversidade são acompanhados de bancos de dados georreferenciados organizados em Sistema de Informações Geográficas (SIG) e relatório ou nota técnica explicativa de fácil entendimento para disponibilização a gestores públicos, empresas de engenharia, universidades, instituições de pesquisa e toda a sociedade, através do banco de dados coorporativo GeoSGB.

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