Saiba Mais - Cartas de Perigo Geológico

Saiba Mais - Cartas de Perigo Geológico

O trabalho é elaborado inicialmente em escritório, quando são feitos os pré-mapas por meio de técnicas de modelagem utilizando softwares de geoprocessamento. Esses documentos cartográficos preliminares são posteriormente validados em campo, quando também é realizada a qualificação do grau de perigo em cada uma das áreas modeladas. Esse procedimento se baseia no reconhecimento de indícios físicos eventualmente presentes no terreno e pode classificar as áreas de perigo nos graus baixo, médio, alto ou muito alto.

Além dos mapas de perigo, também são gerados durante o trabalho um relatório técnico e os arquivos vetoriais, os quais também carregam os principais atributos de cada uma das áreas mapeadas.

O mapeamento de perigo a movimentos gravitacionais de massa estabelece critérios topográficos para identificação de áreas propensas a Movimentos Gravitacionais de Massas (MGMs) e define o alcance potencial do atingimento do material mobilizado dos principais MGMs do Brasil (deslizamentos planares, deslizamentos rotacionais, quedas de blocos e fluxo de detritos). Este estudo é elaborado em consonância com as diretrizes e objetivos estabelecidos pela Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, instituída pela Lei 12.608/2012.

A metodologia de mapeamento de perigo a movimentos gravitacionais de massa foi desenvolvida em parceria com o governo japonês durante o Projeto de Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada de Riscos em Desastres Naturais (Projeto GIDES). O projeto (2013 – 2017) foi coordenado pela da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Urbano - SNDU (Ministério das Cidades) em parceria com o Serviço Geológico do Brasil - SGB/CPRM (Ministérios de Minas e Energia), Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres - CENAD (Ministério da Integração Nacional), e Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais - CEMADEN (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações). O escopo do projeto foi o gerenciamento integrado de riscos de desastres naturais ocasionados por MGMs.

O objetivo principal das cartas de perigo é subsidiar as políticas de ordenamento territorial e prevenção de desastres. Como objetivos específicos, o mapeamento visa orientar a implantação de obras preventivas ou de reabilitação nas áreas prioritárias e nortear a elaboração de planos de contingência e a emissão de alertas nas comunidades.

O mapeamento de áreas de perigo considera o limite total de abrangência dos processos cartografados e, portanto, pode compreender áreas ocupadas e não ocupadas do território municipal. Normalmente, o trabalho é executado em áreas de interesse indicadas pelo município, as quais normalmente constituem vetores de crescimento a médio e longo prazo ou áreas com urbanização já consolidada.

O trabalho é elaborado inicialmente em escritório, quando são produzidos os mapas por meio de técnicas de modelagem utilizando softwares de geoprocessamento. Esses documentos cartográficos preliminares são posteriormente validados em campo por uma equipe de pesquisadores que percorre todas as áreas definidas como de interesse pelo município.

Durante a validação também é realizada a qualificação do grau de perigo em cada uma das áreas modeladas. Esse procedimento se baseia no reconhecimento de indícios físicos eventualmente presentes no terreno e pode classificar as áreas de perigo nos graus baixo, médio, alto ou muito alto.

Escala de Referência

1:10.000

Abrangência

Território nacional

Conjunto de produtos gerados

Os principais produtos elaborados são os mapas de perigo, um relatório técnico e os arquivos vetoriais, os quais também carregam os principais atributos de cada uma das áreas mapeadas.

Aplicabilidades

  • Subsidiar o poder público na seleção das áreas prioritárias a serem contempladas por ações destinadas à prevenção dos desastres;
  • Determinar o alcance dos movimentos gravitacionais de massa;
  • Contribuir para a elaboração de projetos de intervenção estrutural em áreas de risco;
  • Embasar a elaboração de planos de contingência;
  • Auxiliar a construção de sistemas de monitoramento e alerta de desastres;
  • Direcionar as ações da Defesa Civil;
  • Fomentar ações de fiscalização com objetivo de inibir o avanço da ocupação nas áreas de risco mapeadas e em terrenos com condições topográficas e geológicas similares;

Limitações de uso

  • Qualquer aplicação incompatível com a escala cartográfica de elaboração (1:10.000);
  • Substituir análises de estabilidade de taludes e encostas;
  • Substituir projetos de engenharia destinados à correta seleção, dimensionamento e implantação de obras estruturais em áreas de risco;
  • Avaliar a pertinência e eficácia de obras de engenharia de qualquer natureza;
  • Substituir estudos censitários específicos para indicar o número e a característica socioeconômica dos habitantes das áreas de risco;
  • Indicar quando ocorrerão eventos adversos nas áreas de perigo;
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