Área urbanizada de Maranguape (CE) tem baixa suscetibilidade para movimentos gravitacionais de massa

Quarta-feira, 02 de agosto de 2023

Área urbanizada de Maranguape (CE) tem baixa suscetibilidade para movimentos gravitacionais de massa

Estudo do Serviço Geológico do Brasil (SGB), publicado em julho, gera subsídios para ações de planejamento urbano e prevenção de desastres

 (Foto: Prefeitura de Maranguape/Divulgação)
No município de Maranguape, no Ceará, toda a área urbanizada (8,27 km²) tem baixa suscetibilidade para movimentos gravitacionais de massa. Os processos que podem ocorrer na região são: erosão laminar e ravinamento (depressão no solo, provocada pela água). As informações fazem parte da Carta de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa, publicada em julho pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) e disponível aqui.

O documento, previsto no Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, indica a possibilidade de movimentos gravitacionais de massa (deslizamentos e corridas de massa) e processos hidrológicos (inundações e enxurradas) em todo o território do município, inclusive nas áreas não urbanizadas, onde não há edificações com presença humana.

As informações subsidiam o trabalho de gestores públicos, defesas civis e demais órgãos responsáveis pelo monitoramento e alerta de desastres, além de favorecer o planejamento do uso e ocupação do solo, controle da expansão urbana e avaliação de potenciais cenários de riscos.

Essas ações são essenciais para prevenção de desastres e beneficiam diretamente a população de Maranguape, que tem 105 mil habitantes, de acordo com dados do IBGE.

Estudos geotécnicos

A Carta de Suscetibilidade indica que 436,64 km² – a maior parte do município (73,9% do território total) – tem baixa suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa. Segundo os estudos, os principais processos esperados são ravinamento e erosão laminar, que têm baixa possibilidade de ocorrer em todo o município.

Há ainda 59,97 km² com média suscetibilidade e 94,26 km² com alta suscetibilidade para deslizamentos, quedas de blocos e ravinamento. As áreas correspondem a 10,15% e 15,95% do território municipal, respectivamente.

Com relação aos processos hidrológicos, a carta mostra que 61,47 km² – 10,4% do município – tem alta suscetibilidade para inundações, enchentes, solapamentos de margem e assoreamentos. As áreas de alta suscetibilidade à inundação afetam apenas 0,51 km² ou 6,17% da área urbana. Outros 31,58 km² têm média suscetibilidade, e 20,12 km² baixa suscetibilidade para os processos hidrológicos, no município.

No documento, o SGB ressalta que “suscetibilidade baixa não significa que os processos não poderão ser gerados em seu domínio, pois atividades humanas podem modificar sua dinâmica”.

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