Quarta-feira, 15 de março de 2023

Número de áreas de risco aumentou mais de 50% em Balneário Piçarras (SC)

Serviço Geológico do Brasil realizou novo mapeamento no município e identificou 11 setores suscetíveis a inundações, quedas de blocos, deslizamentos e erosões

Ocupação sobre as margens do Ribeirão Ferido, afluente do Rio Piçarras, parcialmente canalizado, sujeita à inundação e erosão de margem fluvial. Foto: SGB Um novo mapeamento do Serviço Geológico do Brasil (SGB), no município de Balneário Piçarras, em Santa Catarina, revela que o número de áreas de risco subiu de sete para 11, entre 2014 e 2022. De acordo com os dados, mais de 5,4 mil pessoas vivem em setores sujeitos a deslizamentos, quedas de blocos, inundações e erosões. São, ao todo, 1.355 moradias nessas áreas de alta vulnerabilidade. O relatório completo foi publicado neste mês no Repositório Institucional de Geociências (Rigeo) e está disponível aqui.

O estudo foi feito no município em novembro de 2022. Na ocasião, o SGB identificou áreas de risco no Centro, na Comunidade da Lagoa e nos bairros Bela Vista, Itacolomi, Morretes, Morro Alto e Nossa Senhora da Paz. Dos setores mapeados, nove são considerados de “risco alto” e dois de “risco muito alto”; classificação que indica o cenário mais crítico.

Ocupação sobre as margens do Rio Piçarras, sujeita à inundação e erosão de margem fluvial, observando-se a proximidade das construções ao rio, a faixa reduzida de mata ciliar e o aterramento do corpo de água. Foto: SGB Segundo o SGB, “os setores de risco são resultado das características naturais do terreno (encostas declivosas e margens de rio), combinadas com um padrão construtivo muitas vezes inadequado (especialmente execução de cortes e aterros)”. O documento conclui ainda que o problema pode se agravar se o poder público não adotar programas de fiscalização que dificultem o avanço da urbanização em áreas impróprias.

Áreas de risco em Santa Catarina – O SGB já realizou mapeamentos para identificar áreas de risco em 294 municípios de Santa Catarina e identificou mais de 2,9 mil ocorrências, relacionadas principalmente a deslizamentos e inundações. São mais de 434 mil pessoas em setores de vulnerabilidade.

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