Terça-feira, 01 de agosto de 2023
Serviço Geológico do Brasil contribui para fortalecer medidas de segurança na Serra do Tepequém, em Roraima

Com o estudo, o SGB subsidia o poder público municipal na tomada de decisões voltadas à prevenção, mitigação e resposta a eventos de perigo geológico, que possam ocorrer nos atrativos geoturísticos. As informações contribuem também para o desenvolvimento do turismo seguro e consciente na Serra do Tepequém, de modo a proteger vidas e gerar mais empregos e renda para os moradores. O local é o destino turístico mais visitado de Roraima, segundo o Departamento de Turismo do Estado.
Os atrativos turísticos vistoriados pelo SGB foram divididos de acordo com as bacias hidrográficas onde se encontram. No grupo da Bacia do Igarapé do Paiva, foram avaliados: Cachoeira do Paiva, Cachoeira Salto do Sapo, Cachoeira Laje Verde, Mirante do Paiva (ou da Antena), Mirante da Pedra Mão de Deus, Mirante do Platô e Mirante do Paredão das Araras.
Já na Bacia do Igarapé Cabo Sobral, o estudo contemplou: Corredeiras do Cabo Sobral, Cachoeira do Funil, Tilim do Gringo, Cachoeira do Sobral e Cachoeira do Barata.
Em atendimento à solicitação da Defesa Civil Municipal de Amajari, o SGB vistoriou também um talude íngreme às margens da rodovia RR-203, que dá acesso à Vila do Paiva, conhecido como Subida do SESC.

Riscos geológicos e hidrológicos
Quanto ao perigo geológico, foram classificados como de perigo “muito alto” para queda de blocos a Cachoeira Laje Verde, a Pedra Mão de Deus e o Tilim do Gringo. As cachoeiras do Paiva, Salto do Sapo, do Funil, do Barata e do Sobral, além do Paredão das Araras e a Subida do SESC, apresentam perigo “alto” para quedas de blocos.
O estudo também avaliou o perigo hidrológico relacionado ao fenômeno conhecido como “cabeça d’água”, que pode desencadear enxurradas no canal dos igarapés. De acordo com o relatório, esse perigo é “muito alto” para as cachoeiras Laje Verde e do Barata. Já as cachoeiras Salto do Sapo, do Funil, do Sobral e o Tilim do Gringo foram classificados como de perigo “alto”.
A Cachoeira do Paiva, devido ao vale mais amplo do igarapé nesse trecho, apresenta perigo “médio” para a ocorrência desse fenômeno. Os pesquisadores ressaltam que os mirantes da Pedra Mão de Deus, do Platô e do Paredão das Araras podem ser associados, durante e após chuvas intensas, a perigo “médio” de enxurrada, nos cursos d’água que cruzam as trilhas de acesso.
Medidas preventivas
No relatório, o SGB apresenta recomendações para cada um dos atrativos geoturísticos avaliados e ressalta que algumas medidas contemplam mais de um ponto, por exemplo: a melhoria das condições de acesso, a fixação de placas de advertência sobre os perigos existentes em cada local e a construção de barreiras e guarda-corpos nos mirantes.
ODS
A atuação do SGB está ainda alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), em especial aos ODSs 1, 2, 9, 11, 12 e 13, que tratam de: erradicação da pobreza; fome zero e agricultura sustentável; indústria, inovação e infraestrutura; cidades e comunidades sustentáveis; consumo e produção responsáveis e ação contra a mudança global do clima.
Para conferir o relatório, clique aqui.
>> Saiba mais sobre as avaliações geotécnicas em atrativos turísticos
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