Serviço Geológico do Brasil fornece subsídios para planejamento urbano seguro e prevenção de desastres em Altos (PI)

Publicação da Carta de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais e de Massa contribui para planejamento do uso e ocupação do solo, de modo a beneficiar população local



Um novo estudo geotécnico, publicado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), contribuirá para as políticas de planejamento urbano e prevenção de desastres no município de Altos, na região da Grande Teresina, no estado do Piauí.

Em Carta de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais e de Massa, publicada em julho, o SGB disponibiliza informações que indicam a possibilidade de deslizamentos, corridas de massa, inundações e enxurradas na cidade, até mesmo nas áreas desabitadas.

O estudo é previsto no Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais e é destinado, principalmente, a gestores públicos, defesas civis e demais órgãos responsáveis pelo monitoramento e alerta de desastres.

Com esse produto, o SGB gera subsídios para o planejamento do uso e ocupação do solo, controle da expansão urbana e avaliação de cenários potenciais de riscos. Desse modo, contribui para embasar decisões relacionadas à prevenção de desastres, o que beneficia diretamente a população. O município tem 47,4 mil habitantes, segundo o IBGE.

Resultados

De acordo com a Carta de Suscetibilidade, a maior parte do município – o equivalente a 878 km² (91,74% do território) – tem baixa suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa. Os principais processos esperados são: erosão laminar e ravinamento, que consiste na depressão no solo, provocada pela água. Dessa área mapeada como de baixa suscetibilidade, 23,12 km² é urbanizada e corresponde a 98,51% da região com edificações.

Uma área de 47,14 km² (4,92% do território total) foi classificada como de média suscetibilidade para deslizamentos, quedas de blocos e ravinamento. Outros 31,78 km² – 3,32% do território total apresenta alta suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa, cobrindo 0,04% das regiões urbanizadas.

Quando se trata dos processos hidrológicos, o estudo indica que 27,94 km² do município tem baixa suscetibilidade à inundação e 21,50% apresenta alta suscetibilidade a esses processos. A área urbanizada – com alta suscetibilidade às inundações é de 2,57 km², ou 10,95% do território urbano.

No município, 30,46 km² tem média suscetibilidade para enchentes, solapamento de margem e assoreamento. Essas áreas não são urbanizadas.

O SGB observa no documento que “suscetibilidade baixa não significa que os processos não poderão ser gerados em seu domínio, pois atividades humanas podem modificar sua dinâmica”.

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