Quinta-feira, 09 de maio de 2024
Enchentes: níveis dos rios permanecem elevados em cidades das regiões oeste, central e sul do RS
Os dados atualizados e previsões para municípios gaúchos foram apresentados, nesta quinta-feira (9), pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) na 2ª Reunião Extraordinária em 2024 da Sala de Crise da Região Sul, promovida pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
De acordo com o coordenador do Sistema de Alerta Hidrológico do SGB, Artur Matos, na Bacia do Rio Uruguai, os municípios de Itaqui e Uruguaiana, que estão acima da cota de inundação, ainda podem subir mais. “Em Uruguaiana, o rio ainda deve subir por mais dois ou três dias. Isso porque esse ponto recebe o volume de águas que passa por Itaqui e, nessa cidade, o nível do rio ainda não estabilizou”, explica o pesquisador.
Em Uruguaiana, o nível do rio está acima de 11,2 m e, em Itaqui, está próximo de 12 m. As cidades de São Borja e Manoel Viana também estão acima da cota de inundação, mas em processo de descida.
>>Acompanhe aqui o monitoramento, em tempo real, da Bacia do Rio Uruguai
Níveis elevados nos rios da região central e sul do estado
Os níveis ainda estão elevados e acima da cota de inundação nos rios, Jacuí, dos Sinos, Gravataí, no Lago Guaíba e na Lagoa dos Patos, que podem ser acompanhados na página do Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Taquari.
A situação tem impactado o volume de águas no Guaíba, que estabilizou na marca próxima a 5 m durante a noite, mas registrou 4,95 m, na tarde desta quinta-feira (9). “Em Porto Alegre, o Guaíba está com nível alto e a maior contribuição que chega nessa estação vem do Jacuí e Taquari. O monitoramento indica que o lago chegou ao pico em torno de 5,30 m e já desceu mais de 30 centímetros”, relatou Matos.
O volume de águas que passa por Guaíba deve chegar à Lagoa dos Patos. Todos os pontos de monitoramento estão acima da cota de inundação, mas registaram declínio nas últimas horas.
O pesquisador contextualizou que na Bacia do Taquari foi registrada uma cheia de grandes proporções em vários trechos. Na cidade de Muçum, o nível subiu 23 metros, desde o início das chuvas, e chegou a ficar 7,5 m acima da cota de inundação, mas já baixou 20 metros.
Cenário também grave foi observado na estação de Estrela/Lajeado, que impacta também o município de Cruzeiro do Sul. Nesse trecho, o rio ficou 14 metros acima da cota de inundação e atingiu a máxima histórica de 33,3 m.
>>Acompanhe aqui o monitoramento, em tempo real, da Bacia do Rio Taquari
Apoio técnico do SGB contribui para enfrentamento ao desastre no Rio Grande do Sul
Desde a última sexta-feira (26), o SGB intensificou o monitoramento dos rios da região para dar suporte às ações de resposta da União, do estado e dos municípios. Os pesquisadores da instituição têm atuado continuamente, em esquema de plantão, na operação dos Sistemas de Alerta Hidrológico das bacias dos rios Caí, Taquari e Uruguai.
Para ampliar a geração de informações relevantes que contribuam para reduzir os impactos das inundações, o SGB passou também a atuar no monitoramento e avaliação da situação no Guaíba, além de disponibilizar dados referentes a estações da Lagoa dos Patos.
Todas as informações são disponibilizadas ao longo do dia, na plataforma SACE, e compartilhadas com órgãos de proteção e defesa civil e outras entidades relacionadas ao tema. Os dados e projeções também são apresentados em salas de crise promovidas em níveis estadual e federal.
Confira outros produtos que apoiam a prevenção de desastres na região:
>>Sistema de Alerta Hidrológico;
>>Manchas de Inundação;
>>Mapeamento de áreas de risco;
>>Análise de Frequência de Cotas e Vazões dos Sistemas de Alerta Hidrológico Operados pelo SGB;
>>Chuvas Intensas e Equações IDF;
>>Ciclone Extratropical do RS em Junho de 2023;
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