Sexta-feira, 09 de fevereiro de 2024
Estudos do Serviço Geológico do Brasil sobre agrominerais contribuem para produção de fertilizante organomineral em Uberlândia (MG)
A cerimônia de inauguração do CIS contou com a presença do diretor de Infraestrutura Geocientífica (DIG), Paulo Romano, que representou o diretor-presidente do SGB, Inácio Melo. Romano explicou que o SGB exerceu um importante papel no projeto ao realizar avaliações sobre as características e potencial da rocha de basalto no município - que dará origem ao pó da rocha de basalto. Este, acrescido ao biocarvão, produzirá o referido organomineral.
“Essa rocha basáltica é conhecida como a ‘rocha mãe’ da fértil terra roxa encontrada em algumas regiões do país”, explicou Romano. Abundante em Uberlândia , a rocha tem características físico-químicas que permitem a melhoria da qualidade do solo. “Por essa razão, o basalto é um importante agromineral, que finamente moído transforma-se em remineralizador de solo, como acontece também com muitos outros agrominerais”, acrescentou o diretor de Infraestrutura Geocientífica do SGB.
O pó do basalto será misturado ao biocarvão que é produzido na planta-piloto do Centro de Inovação em Sustentabilidade a partir do tratamento lodo do esgoto por um processo chamado pirólise. O biocarvão é rico em matéria orgânica e fósforo. Quando misturado ao pó da rocha de basalto resulta em um fertilizante organomineral , muito importante para a saúde do solo e, em consequência, das plantas.
"Esse é um exemplo claro da aplicação do conhecimento geocientífico em produtos que beneficiam toda a sociedade. Revela a conexão da agenda do SGB com a agricultura e com a bioeconomia, além do alinhamento muito nobre com a questão ambiental relacionado à agregação de valor a um resíduo poluente (lodo de esgoto) que causaria mal ao meio ambiente", destacou Romano.
Além disso, o diretor ressaltou que a boa prática de Uberlândia abre as portas para que outros municípios repliquem este conhecimento com o propósito de dar destinação adequada ao esgoto, numa perspectiva de economia circular: “A água captada e tratada ao ser utilizada pela população e empresas transforma-se em esgoto, que quando tratado, cerca de 80%, retorna à natureza em forma de água. O restante, conforme visto, gera componentes para fertilizantes”.
Romano reforçou que o SGB tem contribuído com municípios em estudos que indicam o potencial geológico e fomentam projetos sustentáveis.
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