Geologia e Potencial das Bacias Sedimentares Brasileiras: projetos inovadores do Serviço Geológico do Brasil

Quinta-feira, 08 de fevereiro de 2024

Geologia e Potencial das Bacias Sedimentares Brasileiras: projetos inovadores do Serviço Geológico do Brasil

Estudos em andamento têm o potencial de identificar novos recursos minerais, além de fornecer dados essenciais para pesquisas avançadas sobre mudanças climáticas e sobre a captura e armazenamento de dióxido de carbono


Trabalho de campo na Bacia do Araripe para coleta de fósseis. Foto: Marcos Baptista

O Serviço Geológico do Brasil (SGB), por meio da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM), está atualmente engajado em uma série de projetos de mapeamento geológico e avaliação de recursos minerais, focados no estudo e análise de bacias sedimentares brasileiras.

Esses projetos encontram-se em diferentes estágios de execução, desde os mais avançados (próximos da conclusão) até os recém-iniciados. Entre os trabalhos em andamento, destacam-se:

- Estudo da Geologia e do Potencial Mineral da Bacia do Paraná;

- Análise da Geodinâmica, Tectônica e Recursos Minerais da Bacia do São Francisco;

- Investigação da Geologia e do Potencial Mineral da Borda Oriental da Bacia do Parnaíba;

- Pesquisa sobre a Evolução Geológica e Metalogenética das Bacias Vulcanossedimentares do Ediacarano/Cambriano;

- Mapeamento Temático para Paleontologia da Bacia do Araripe;

- Exploração da Geologia e Potencial Mineral da Bacia de Alagoas.

Para o ano de 2024, está previsto o início de projetos de mapeamento geológico em escalas detalhadas, em duas importantes bacias sedimentares: Bacia do Tucano Sul e Bacia Potiguar. Isso demonstra nosso contínuo esforço em expandir o conhecimento geológico do país.

A importância desses projetos é multifacetada, refletindo-se tanto no avanço científico quanto no potencial econômico. As bacias sedimentares, que compõem mais da metade do território brasileiro, são cruciais para a compreensão da história geológica da Terra, incluindo a evolução dos supercontinentes, o desenvolvimento da vida e a história paleoclimática.

Além disso, elas são fontes vitais de recursos, como água subterrânea, petróleo e uma variedade de minerais industriais e agrominerais. Os estudos em andamento têm o potencial de identificar novas reservas desses recursos, além de fornecer dados essenciais para pesquisas sobre mudanças climáticas ao longo do tempo geológico e a captura e armazenamento de dióxido de carbono, contribuindo para o combate às mudanças climáticas.

De acordo com a chefe da Divisão de Bacias sedimentares do SGB, Cleide Regina Moura da Silva, neste ano espera-se concluir importantes projetos, como o da Bacia do Paraná e o da Bacia do São Francisco, marcando mais um passo no avanço do conhecimento geológico do Brasil.

Ela também comentou que, “historicamente, o foco em bacias sedimentares não era uma prioridade para o SGB, mas essa tendência vem mudando significativamente a partir do Plano Nacional de Mineração (PNM) 2030, que identificou essas áreas como estratégicas. Apesar dos desafios, os estudos nessas bacias estão se consolidando, graças a projetos bem estruturados”.

Com vistas ao futuro, o Plano Nacional de Mineração 2050 estabelece metas ambiciosas para o mapeamento geológico e para os levantamentos geoquímicos e aerogeofísicos, reforçando o compromisso do país com o avanço no conhecimento geológico dessas áreas.

Como parte desse esforço, estão sendo formadas equipes nacionais especializadas e sendo desenvolvido um programa sistemático de capacitação e treinamento, focado em bacias sedimentares, pavimentando o caminho para descobertas e avanços significativos no campo da geologia e da exploração de recursos minerais no Brasil.

Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br




  • Imprimir