Quinta-feira, 28 de março de 2024
Geologia marinha: SGB participa de expedição científica na região da Margem Equatorial
A partir do dia 30 de março, a equipe estará a bordo da embarcação, focados principalmente em aprofundar estudos sobre a geologia marinha da região. A Margem Equatorial se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá e é considerada uma nova e promissora fronteira para exploração na plataforma continental brasileira. Os estudos serão realizados com coleta de material entre 130 e 800 metros de profundidade, a cerca de 150 quilômetros da costa, na porção marítima do Amapá.
Para Márcio Valle, oceanógrafo e analista em geociências, o projeto “Mapeamento e Zoneamento do Grande Sistema Recifal do Amazonas entre os Estados do Amapá e Maranhão” – Projeto Amazonas/SGB, executado em colaboração com Petrobras, MCTI e Marinha do Brasil – representa a continuidade das atividades no mar brasileiro, já iniciadas desde a década de 1970.
“Neste momento, esse projeto representa uma expansão das mais recentes atividades da Divisão de Geologia Marinha (DIGEOM) do SGB para a margem equatorial brasileira – nova fronteira para a exploração de hidrocarbonetos. Seu objetivo principal é o zoneamento de detalhe de um grande sistema de recifes, descoberto recentemente, ainda pouco conhecido e localizado ao largo da foz do Rio Amazonas, entre os estados do Amapá e do Maranhão”, informou.
Segundo Valle, esse estudo se faz necessário pois o estado brasileiro deve estabelecer uma linha de base ambiental da região, antes do início de eventuais atividades de explotação, seja de minérios ou de óleo e gás, como forma de dimensionar corretamente o uso desse espaço geográfico, disciplinando o uso racional e sustentável de seus recursos, e avaliar o futuro impacto de tais atividades.
O oceanógrafo e pesquisador do SGB, Vadim Harlamov, falou sobre sua participação na comissão. “Será na rotina de aquisição e processamento de dados, verificando a logística de levantamentos numa área inédita à atuação da Divisão de Geologia Marinha: a Margem Equatorial brasileira. Devo participar ativamente das atividades de mapeamento do leito marinho, coleta e armazenamento de amostras geológicas e sondagens oceanográficas, nominalmente medição de correntes e hidroquímica marinha”.
E acrescentou: “Minha expectativa como colaborador do SGB é conhecer as capacidades de operação da embarcação a fim de otimizar o planejamento para as próximas campanhas; pessoalmente, espero ampliar meus horizontes de mapeamento geológico, oceanográfico e ambiental, através do intercâmbio técnico-científico com os demais pesquisadores a bordo.
A partir dos resultados dessa expedição, a comunidade científica poderá melhor compreender e monitorar os componentes ambientais relevantes da Margem Equatorial, como habitats e grupos biológicos sensíveis, etapa fundamental para futuros programas ambientais.
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