Impulsionando a transição energética: o papel estratégico do patrimônio mineral do Rio Grande do Sul

Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Impulsionando a transição energética: o papel estratégico do patrimônio mineral do Rio Grande do Sul

Evento visou iniciar um diálogo aberto com a sociedade sobre o desenvolvimento de um modelo econômico adaptado a um mundo de baixo carbono


Foto: Divulgação SGB

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) participou do 1º Diálogo da Transição Energética Justa no Rio Grande do Sul e do Aproveitamento do Patrimônio Mineral Gaúcho, realizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), em parceria com o governo do estado do Rio Grande do Sul, com a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul e com a Associação Brasileira do Carbono Sustentável (ABCS).

O SGB foi convidado para falar do potencial mineral do estado, que contribuirá para a construção do Plano Estadual de Mineração, apresentado pela pesquisadora em geociências Lucy Chemale, da Superintendência Regional do SGB de Porto Alegre, com a palestra Minerais Estratégicos e Oportunidades em Solo Gaúcho.

O Rio Grande do Sul, detentor de um valioso patrimônio mineral, poderá auxiliar no suprimento das demandas necessárias para a transição energética, visando fontes de energia de baixo carbono e, assim, impulsionar a geração de emprego, renda e fortalecer a indústria de mineração gaúcha.

O encontro teve, como finalidade, iniciar um diálogo aberto com a sociedade gaúcha e brasileira sobre o desenvolvimento de um modelo econômico adaptado a um mundo de baixo carbono, mantendo a integridade da economia e dos empregos nas regiões carboníferas, além de potencializar a indústria mineral no estado.


Foto: Divulgação SGB

“Temos um contexto geológico com potencial mineral que poderá contribuir com a diminuição da emissão de carbono e também na transição energética, como áreas favoráveis para o sequestro de carbono e produção de hidrogênio branco”, destacou Lucy.

Ela também comentou sobre a importância de uma integração das cadeias produtivas, com uma ótica de economia circular, buscando as boas práticas que já existem. Como é o caso, por exemplo, de uma indústria de cimento do Paraná, onde é usado rejeito de lixo para gerar calor, e as cinzas dessa queima são incorporadas ao cimento e aos fertilizantes. “Um outro grande potencial para ser explorado é a reciclagem do lixo eletrônico”, informou.

Quanto aos combustíveis fósseis, o Sul do Brasil possui quase a totalidade das reservas de carvão do país. Em resposta aos compromissos assumidos durante a COP28, foi publicada a Lei Federal n° 14.299/2022. Essa lei institui o Programa de Transição Energética Justa para o Estado de Santa Catarina, visando uma abordagem mais sustentável e equitativa na utilização de recursos energéticos.

O evento contou com a presença de autoridades do Rio Grande do Sul e de outros estados, reunindo executivos, técnicos, representantes do setor governamental, federações, conselhos, empresas mineradoras, instituições de pesquisa e especialistas nas áreas de meio ambiente, mineração e energia.

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