Novo estudo identifica aproximadamente 970 pessoas em áreas de risco em Bom Jesus da Lapa

Quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Novo estudo identifica aproximadamente 970 pessoas em áreas de risco em Bom Jesus da Lapa

Serviço Geológico do Brasil mapeou três setores com risco de queda de blocos e inundações no município

 Santuário do Bom Jesus é uma das áreas de risco mapeadas pelo SGB (Foto: Tamiris Batistas/Reprodução)
Um novo estudo do Serviço Geológico do Brasil (SGB), realizado em agosto, identificou que aproximadamente 970 pessoas vivem em áreas de risco no município de Bom Jesus da Lapa, na Bahia. O relatório indica que houve redução no número de habitantes em setores com potencial de sofrer danos. No mapeamento anterior, de 2015, eram mais de 2.500 pessoas em moradias de risco.O documento completo está disponível aqui.

Conforme o levantamento, o número de áreas de risco manteve-se inalterado, em três, sendo que dois locais já tinham sido mapeados em 2015: o Santuário do Bom Jesus, no Centro (devido ao risco de queda de bloco), e a Ilha da Canabrava. A Ilha teve a classificação alterada, de risco “alto” para “muito alto”, em decorrência do aumento da frequência das inundações ao longo dos últimos anos.

Além disso, houve a identificação de uma nova área de risco de inundação no município, no povoado de Baião. Essa localidade foi identificada como sendo de alto risco para inundação.

A identificação de novas áreas também está relacionada à evolução metodológica. O uso de novas tecnologias ao longo dos últimos anos tem induzido a produção de mapeamentos mais precisos, fato ocasionalmente comprovado pelo aumento do número de áreas de risco geológico identificadas nos trabalhos mais recentes.


Políticas públicas e prevenção de desastres

No relatório, o SGB apresenta sugestões de medidas que podem ser adotadas para evitar ou reduzir os impactos de eventos geológicos. A primeira delas é avaliar a possibilidade de remoção ou realocação temporária, para locais seguros, dos moradores que se encontram nas áreas de risco, durante o período de chuvas. O SGB também recomenda a estruturação da defesa civil municipal.

As informações apresentadas podem ainda auxiliar na definição de critérios para disponibilização de recursos públicos destinados ao financiamento de obras preventivas e de resposta a desastres. Além disso, dão apoio às políticas públicas habitacionais e de saneamento, sendo, portanto, um importante instrumento para promover o desenvolvimento regional.

A atuação do SGB está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), em especial aos ODSs 1, 2, 9, 11, 12 e 13, que tratam de: erradicação da pobreza; fome zero e agricultura sustentável; indústria, inovação e infraestrutura; cidades e comunidades sustentáveis; consumo e produção responsáveis e ação contra a mudança global do clima.

Áreas de risco na Bahia

Até o final de setembro, o SGB já havia realizado cartografias de áreas de risco geológico em 92 municípios da Bahia e identificado mais de 800 setores que podem sofrer processos geológicos. O número de pessoas que vivem em moradias de risco passa de 236 mil, de acordo com as informações dos relatórios, disponíveis aqui.

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