PD&I: Serviço Geológico do Brasil intensifica esforços para avançar em parceria com a Petrobras

Desde que assumiu a gestão, o diretor-presidente, Inácio Melo, lidera articulações com o objetivo de consolidar o maior projeto na área de geociências dos últimos 30 anos no Brasil


Avançar na parceria com a Petrobras para o financiamento de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) é prioridade do Serviço Geológico do Brasil (SGB). O novo diretor-presidente da empresa, Inácio Melo, tem empenhado esforços para consolidar ações que são essenciais para ampliar o conhecimento geológico e fortalecer os setores mineral e de óleo e gás.

Desde 2019, o SGB está em tratativas com a Petrobras e, atualmente, a nova gestão intensificou as articulações para consolidar a parceria. É previsto o investimento de R$ 249 milhões em quatro projetos de PD&I:

● Instalação do Centro de Referência em Geociências (Laboratórios de Isotopia e Geocronologia), no Rio de Janeiro;
● Revitalização do Museu de Ciências da Terra (MCTer) e laboratórios associados;
● Criação da Litoteca Nacional do Pré-Sal, no Rio de Janeiro;
● Criação da Litoteca de Caeté, em Minas Gerais.

“O que está em discussão é o maior projeto na área de geociências dos últimos 30 anos”, enfatiza o diretor-presidente do SGB. Melo reforça que as ações são essenciais para fortalecer a instituição e desenvolver o conhecimento geocientífico: “O país precisa dos investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação para melhoria da infraestrutura laboratorial, de modo a atender demandas nacionais e globais”.

Avanços no conhecimento geológico

Com a instalação do Centro de Referência em Geociências (Laboratórios de Isotopia e Geocronologia), na Urca, no Rio de Janeiro, o Brasil ganhará um dos “mais bem equipados e completos laboratórios de isotopia e geocronologia da América Latina”, destaca o chefe do Centro de Geociências Aplicadas (CGA) do SGB, Noevaldo Teixeira.

O pesquisador explica que a isotopia e a geocronologia são fundamentais para o conhecimento das potencialidades minerais. Segundo ele, isso se torna ainda mais necessário neste momento em que há demandas por metais críticos para a transição energética: “Nós temos que descobrir mais depósitos de níquel, lítio, cobalto, cobre, entre outros. Precisamos melhorar muito nosso conhecimento sobre esses metais no Brasil, e esse Centro é fundamental para conhecermos, em profundidade, o real potencial do país”

Os projetos para criação das litotecas do Pré-Sal e de Caeté, em Minas Gerais, permitirão que sejam disponibilizados para a indústria e para a comunidade técnico-científica amostras de rochas essenciais para ampliação do conhecimento geológico. “As litotecas vão gerar um enorme portfólio de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação nas áreas de sedimentologia, estratigrafia e geologia do petróleo”, ressalta o chefe do CGA. Entre as amostras, estarão rochas do Pré-Sal coletadas a mais de 7 mil metros de profundidade

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