RS: início do ano é marcado por elevação do nível dos rios nas bacias Caí, Taquari e Uruguai

Quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

RS: início do ano é marcado por elevação do nível dos rios nas bacias Caí, Taquari e Uruguai

Durante a 1ª reunião de 2024, da Sala de Crise da Região Sul, Serviço Geológico do Brasil (SGB) apresentou informações sobre o monitoramento realizado por meio dos Sistemas de Alerta Hidrológico

Ponte do Rio Uruguai, em Uruguaiana (RS) (Foto: Divulgação)
As chuvas e temporais que atingiram o Rio Grande do Sul nas primeiras semanas do ano provocaram elevação do nível dos rios nas bacias do Caí, Taquari e Uruguai, conforme indica monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (SGB), realizado por meio dos Sistemas de Alerta Hidrológico (SAH). As informações foram compartilhadas nesta quarta-feira (24), durante a 1ª reunião de 2024, da Sala de Crise da Região Sul, promovida pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O vídeo está disponível aqui.

De acordo com a pesquisadora do SGB Camila Mattiuzi, em algumas estações o nível dos rios chegou à cota de atenção e, em outras, entrou na cota de alerta (quando há possibilidade elevada de inundação), com destaque para a Bacia do Rio Uruguai, que ainda está em operação de alerta. No entanto, com a redução das chuvas na região, há tendência de declínio dos níveis.

“Foi necessário fazer a emissão, até o momento, de oito boletins de monitoramento e previsão dos níveis. A situação era mais crítica nas estações do Baixo Uruguai, nos municípios de São Borja, Itaqui e Uruguaiana”, explicou a pesquisadora. Mattiuzi acrescentou: “não há risco de inundação, mas os níveis seguem altos para o período do ano, acima da cota mediana”.

A alteração nos padrões de chuva na Região Sul é ainda efeito do fenômeno El Niño. Segundo as projeções do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), apresentadas na Sala de Crise, o El Niño já apresenta gradual diminuição do impacto, mas ainda pode ter efeitos significativos ao longo do primeiro trimestre.

Para 2024, há perspectiva da chegada do fenômeno La Niña, que, ao contrário do El Niño, pode aumentar as chuvas no Norte e Nordeste e agravar a estiagem no Sul do país. As projeções do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) indicam que o La Niña deve se estabelecer em meados de julho.

Disponibilidade hídrica

Durante a reunião, a pesquisadora Camila Mattiuzi também apresentou o indicador de disponibilidade hídrica da Região Sul. Segundo os dados gerados a partir do monitoramento de estações da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), a situação é favorável. “Das 42 estações que estavam transmitindo na terça-feira (23), 100% estavam acima do percentil 85, ou seja, estavam em uma situação tranquila de disponibilidade hídrica, ao contrário do que a gente viu no início do ano passado, na época de estiagem”, explicou Mattiuzi.

A reunião da Sala de Crise pode ser conferida no canal da ANA, no YouTube, disponível aqui.

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