Rompimento parcial de barragem começa a impactar níveis na Bacia do Rio Taquari, no Rio Grande do Sul

Quinta-feira, 02 de maio de 2024

Rompimento parcial de barragem começa a impactar níveis na Bacia do Rio Taquari, no Rio Grande do Sul

Serviço Geológico do Brasil intensifica o monitoramento dos rios da região após fortes chuvas


Porto Alegre (RS) – O rompimento parcial da barragem 14 de Julho, no Rio das Antas, entre os municípios de Cotiporã (RS) e Bento Gonçalves (RS), começa a impactar municípios da Bacia do Rio Taquari. Monitoramento realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) indica que, em Santa Tereza (RS), já há variações nos níveis, possivelmente provocados pelo aumento súbito da vazão de água, que começou na tarde desta quinta-feira (2).

“A cheia já era extraordinária, e com o rompimento da barragem, o cenário torna-se ainda mais crítico. Em Santa Tereza, município mais próximo à área, estávamos prevendo uma leve redução dos níveis, mas após esse episódio está sendo observada uma elevação no nível, que poderá ser notada também nas outras cidades em sequência”, explica a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial, Alice Castilho. O Rio Taquari registrava 21,61 m, em Santa Tereza, conforme boletim hidrológico divulgado às 14h.

A diretora Alice Castilho detalha que as previsões indicam que o pico máximo desta onda resultante do rompimento parcial da barragem deve ser registrado em Muçum, Encantado (RS) e Roca Sales (RS) à noite antes de 24h. “Em Colinas, Arroio do Meio, Lajeado e Cruzeiro do Sul, o impacto do rompimento pode ser sentido entre 0h e 4h. Já Bom Retiro do Sul e Taquari, o pico desta cheia deve ser verificado na parte da manhã do dia 3 de maio”, completa.

Acompanhe o monitoramento e as previsões por meio do boletim de alerta hidrológico da Bacia do Rio Taquari, disponível aqui.

Entenda a operação de alerta

Os Sistemas de Alerta Hidrológico entram em operação sempre que o nível dos rios em cidades monitoradas ultrapassa a chamada "cota de alerta". A partir daí, o SGB passa a emitir os boletins de alerta hidrológico e segue com o monitoramento durante todo o período em que os níveis dos rios se mantêm acima dos padrões de normalidade, com possíveis ou atuais impactos à população.


Saiba mais sobre a operação no Rio Grande do Sul.

Todos os boletins publicados – assim como dados atualizados de chuva e níveis de rios, cotas de referência e outras importantes informações sobre as bacias monitoradas – encontram-se disponibilizados na plataforma dos Sistemas, disponível aqui .

Nos comunicados, o SGB informa sobre os impactos associados aos níveis dos rios, por meio das chamadas “cotas de referência”:

Cota de Atenção: possibilidade moderada de ocorrência de inundação;
Cota de Alerta: possibilidade elevada de ocorrência de inundação;
Cota de Inundação: primeiros danos podem ser observados no município;
Cota de Inundação Severa: danos severos ao município.


Confira outros produtos que apoiam a prevenção de desastres na região:

>>Sistema de Alerta Hidrológico;

>>Manchas de Inundação;

>>Mapeamento de áreas de risco;

>>Análise de Frequência de Cotas e Vazões dos Sistemas de Aalerta Hidrológico Operados pelo SGB ;

>>Análise de Frequência de Cotas e Vazões dos Sistemas de Alerta Hidrológico Operados pelo SGB ;

>>Chuvas Intensas e Equações IDF ;

>>Ciclone Extratropical do RS em Junho de 2023;


Leia mais notícias do Serviço Geológico do Brasil:

>>Chuvas no Rio Grande do Sul: municípios estão acima da cota de inundação

>>Níveis dos rios sobem no Rio Grande do Sul e Serviço Geológico do Brasil intensifica alertas


>>Serviço Geológico do Brasil aponta que rios do Amazonas têm baixa probabilidade de cheias severas em 2024

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