Serviço Geológico do Brasil utiliza prospecção geoquímica para descobrir depósitos minerais no país

Quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Serviço Geológico do Brasil utiliza prospecção geoquímica para descobrir depósitos minerais no país

Em 2023, o SGB realizou diversos levantamentos geoquímicos em várias regiões brasileiras, incluindo projetos em Rondônia, no Escudo Rio-Grandense, Mato Grosso, Amazonas, Pará e na Bacia Pernambuco-Alagoas, entre outros


Coleta de água para medir o parâmetro pH

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) atua no levantamento dos recursos minerais do país, através da prospecção geoquímica – técnica avançada que utiliza a ciência geoquímica para explorar e descobrir depósitos minerais.

Esse método baseia-se na identificação de concentrações anormais de elementos na crosta terrestre, que se destacam em comparação com os níveis normais encontrados no ambiente. Tais anomalias podem indicar a presença de valiosos depósitos minerais.

Durante o processo de prospecção, os pesquisadores buscam pistas sobre a localização e as propriedades químicas desses depósitos ao analisar uma ampla gama de materiais naturais, incluindo rochas, solo, sedimentos de rios, concentrados de minerais, águas (tanto superficiais quanto subterrâneas), vegetação, poeira e até mesmo gases.

Em 2023, o SGB realizou diversos levantamentos geoquímicos, em várias regiões do Brasil, incluindo projetos em Rondônia, no Escudo Rio-Grandense, Mato Grosso, Amazonas, Pará e na Bacia Pernambuco-Alagoas, entre outros. Entre os destaques estão as publicações do Atlas Geoquímico da Região Leste de Carajás e o Mapeamento Geoquímico da Folha Piatã.

Para 2024, estão previstos novos levantamentos em áreas promissoras para minerais como fosfato e lítio, além de um ambicioso mapeamento na Província Pegmatítica Oriental do Brasil, visando a identificação de corpos pegmatitos ricos em minerais litiníferos.

No Atlas Geoquímico da Região Leste de Carajás, o objetivo foi expandir o conhecimento acerca da distribuição de metais e outros elementos no meio ambiente, auxiliar na seleção de áreas com maior favorabilidade mineral e na identificação de unidades geológicas não mapeadas.

No documento foram apresentados mapas para 44 elementos químicos, gerados a partir da integração de resultados analíticos de 1.042 amostras. Entre os resultados, foi descoberta a possibilidade de depósitos de ouro (Au), cobre (Cu) e molibdênio (Mo), ainda desconhecidos pela cartografia geológica e pelos estudos metalogenéticos e pesquisa mineral.

No caso do Mapeamento Geoquímico da Folha Piatã, os resultados confirmaram a presença de associações geoquímicas em depósitos minerais, previamente identificados como ouro (Au), estanho (Sn) e bário (Ba), e a possibilidade de depósitos de ferro (Fe), manganês (Mn), estanho (Sn), nióbio (Nb), tântalo (Ta) e tungstênio (W).

A contribuição do SGB vai além da simples identificação de recursos minerais; suas atividades são fundamentais para o desenvolvimento sustentável da mineração, ao fornecer dados críticos tanto para a avaliação ambiental quanto para o aproveitamento econômico dos recursos. Por meio da análise geoquímica, o SGB contribui no avanço do conhecimento da composição química das rochas, revelando processos geológicos, a presença de recursos naturais, a detecção de contaminação ambiental e até mesmo mudanças climáticas ao longo do tempo.

Esses esforços apoiam o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade ambiental, bem como reforçam o papel do Brasil como líder na exploração mineral, garantindo que o país continue a aproveitar seus vastos recursos naturais de maneira responsável e inovadora.

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