Projeto Itaberaba - Feira de Santana
Início: 11/2003; Término: 03/2006; Duração: 28 meses
Objetivo e Justificativas
Efetuar a compilação, integração e análise de todos os dados existentes referentes a uma área aproximada de 20.000 km² na região centro-leste do estado da Bahia, assim como atualizar a cartografia geológica na escala 1:250.000. Esses trabalhos visam a estabelecer as relações entre duas importantes unidades tectônicas (Bloco de Jequié e Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá), cartografar as projeções de algumas unidades estratigráficas (complexos Itapicuru, Saúde, Ipirá e Caraíba e a Suíte São José do Jacuípe) definidas na área limítrofe a norte, como também estabelecer o potencial metalogenético dessas unidades. Além disso, durante os trabalhos de cadastramento mineral, deverão ser valorizados os pequenos depósitos de minerais industriais para uso imediato, na busca por promover o desenvolvimento social da região.
Há necessidade de elevar o nível de conhecimento do trato do terreno equivalente ao Projeto Itaberaba-Feira de Santana, no mínimo igualando-o ao existente na área contígua, a norte. Esses trabalhos de revisão geológica deverão propiciar a identificação de algumas unidades estratigráficas que detêm potencial metalogenético já definido para grupamentos de substâncias de importância econômica: Ba, Mn, Au e sulfetos de metais-base no Complexo-Itapicuru; Au, Zn, e Cu no Complexo Saúde; P e vermiculita no Complexo Ipirá; e Cr, Ni, Cu e EGP na Suíte São José do Jacuípe.
Localização e Acesso
Localiza-se na região centro-oriental do estado da Bahia, na área retangular limitada pelas coordenadas (12º00’00’’, 38º45’00’’, 13º00’00’’, 40º30’00’’), conforme figura abaixo.
Geologia Regional
As associações litoestratigráficas que ocorrem na área do Projeto Itaberaba-Feira de Santana constituem quatro unidades tectônicas, todas pertencentes ao embasamento do Craton de São Francisco. São elas o Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, de idade neoarqueana, representado por associações de paragnaisses (complexos Tanque Novo-Ipirá e Almadina), associações de ortognaisses TTG (complexos Caraíba e Itabuna), associações de rochas máfico-ultramáficas (Suíte São José do Jacuípe) e diversas gerações de rochas granitoides intrusivas. A outra unidade é o Bloco de Jequié, designado pelo Complexo Jequié, neoarqueano, que consiste em gnaisses migmatíticos e relíquias supracrustais intrudidas por uma suíte enderbito-charnoquítica. Esses conjuntos, embora tenham se formado no Neoarqueano (Orogênese Jequié), exibem a superposição de um evento metamórfico generalizado de alto grau, já em tempos paleoproterozoicos (Riaciano). A terceira unidade equivale possivelmente a uma sequência tipo greenstone belt, desenvolvida em uma bacia de retroarco e representada pelo Complexo Itapicuru. Por último, o Complexo Saúde, cuja evolução está relacionada a um importante elemento estrutural reativado no Sideriano, denominado Lineamento Contendas–Jacobina.
Metodologia
A execução do projeto dar-se-á em 3 etapas: Etapa I – atividades de aquisição e análise da documentação básica e fotointerpretação geológica. Etapa II – trabalhos de campo para revisão/atualização geológica com coleta de amostras para análises de rochas. Etapa III – confecção de mapas temáticos finais, redação de texto explicativo e elaboração de CD-ROM.
Resultados Esperados
Realizar a revisão/integração/atualização das informações geológicas da área, com o suporte de análises petrográficas, químicas e geocronológicas, para estabelecer o potencial metalogenético das unidades litoestratigráficas com importância econômica para certas substâncias minerais.
Apresentar, ao final do projeto, um mapa geológico e um mapa de recursos minerais, ambos na escala 1:250.000; um texto explicativo e as bases de dados referentes aos afloramentos descritos, às análises petrográficas e aos jazimentos minerais. Todos esses produtos serão disponibilizados em um CD-ROM, em ambiente SIG, com utilização do Sistema Arc-View.